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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Após confirmação de sua transferência para a cidade de Matinha, PASTOR DIMAS concede ENTREVISTA exclusiva ao nosso BLOG!

1 BLOG DO LUIS MAGNO - Pastor, para começarmos nossa entrevista gostaríamos que recordasse para os mais neutros observadores da cristandade local, sobre como se deu a sua chegada em Santa Luzia do Paruá e sob quais circunstâncias? O que o senhor pode nos revelar sobre este assunto?

PR. DIMAS SOUSA - Aconteceu através de uma permuta com o Pr. Manoel Pereira que estava aqui em Santa Luzia e eu estava vindo de São Bento. O referido pastor depois de transferido desistiu da permuta, gerando um descontentamento com a liderança da convenção e a igreja local, o que em meses depois foi validado tal permuta harmonizando a situação.

2 BLM - Em síntese, quais foram as evoluções que a igreja obteve durante estes quase seis anos de sua atuação em nossa cidade? Ou seja que avaliação o pastor faz no contexto geral da sua atuação ministerial?

DIMAS - Em síntese, eu diria que Deus nos favoreceu um bom crescimento quantitativo e qualitativo, crescimento físico e espiritual. Algumas mudanças da forma estrutural da igreja, tanto como organização como organismo místico.

3 BLM - Os fiéis e vários amigos e admiradores de seu trabalho religioso em nossa cidade ficaram surpresos com sua transferência. O que o pastor pode nos dizer sobre este assunto?

DIMAS - Gosto de dizer que todos nós temos tempos e propósitos na vida, e isso em instâncias diferenciadas dentro desta vida. Minha permuta obedece a este princípio. Por outro lado, a gente vai percebendo aos poucos a necessidade de ampliar a visão olhando para outros horizontes, e isso aconteceu a partir da visão da CEADEMA (convenção) como algo necessário tanto para meu ministério como para minha família.

4 BLM - Para a opinião pública da cidade o senhor é considerado um pastor-presidente que marcou o seguimento evangélico, que já tem seus mais  de 40 anos de relação com a história luziense. Qual a avaliação que o pastor faz quanto ao favorecimento da espiritualidade cristã no âmbito da execução de projetos de grande porte como o 'Avivai' e outros empreendimentos de evangelização de sua autoria?  

DIMAS - Sinto que houve um despertar espiritual em nossa cidade e região através de projetos internos e externos da igreja. Houve um desejo pelo retorno ao entendimento da Palavra de Deus e um desejo espiritual de conduta cristã. As igrejas despertaram para sair das quatro paredes, mobilizaram-se na propagação do evangelho e conversão de pessoas. De alguma coisa isso diminui um pouco o índice dos descriminados socialmente.

5 BLM - Das dificuldades que o pastor teve ao longo destes seis anos na administração da Igreja, quais os pastor poderia destacar como provação ao seu ministério?

DIMAS - Destacaria o desafio de derrubar o único templo central e depois construir o novo templo sede, com uma estrutura excepcional, sendo que tínhamos poucos recursos financeiros e ainda por cima não ter onde ficar os anos que viriam até o templo ser levantado e coberto. Lembro que passamos duas semanas nos congregando na praça, bancos, púlpito, caixas de som, etc pegando sol. Foi então que o nobre irmão Elias Gastão conseguiu com o Cel. Riod uma garagem, que nós chamamos de “O Tabernáculo”, onde passamos 2 longos anos.

6 BLM - Apesar de ter havido durante a sua gestão ministerial certos "atritos", levados sobretudo pelas discordâncias com o ideário religioso de católicos e evangélicos de outras denominações, o pastor nunca se considerou responsável direto por eventuais "cismas", que inclusive foi motivo de audiência na justiça. Tendo em vista que a convivência ecumênica foi dificultada em certas ocasiões, o que o senhor pensarsobre tais questões?

DIMAS - Acredito que os atritos com os irmãos católicos estejam relacionados a uma vez termos realizado o Projeto Avivai no mesmo período do Festejo, como também das colocações retóricas de certos preletores do Avivai que, de certa forma, foram um tanto anticonstitucionais no direito livre do povo e sua religião. Em relação ao primeiro incidente, foi algo que aconteceu com extremo senso de inocência de minha parte, por desconhecer até então a data festiva católica, outrossim, por também imaginar que pelo tamanho da cidade e por cada igreja ter seu público ou respectivos fieis, e estarem longe o local de um evento para outro, não teria nenhum problema. O que corrigimos no ano seguinte por percebermos a insatisfação. Em relação às pregações fervorosas, recheadas de palavras que iam contra a fé de alguns, é responsabilidade do pregador. O pastor local não tem noção das palavras que qualquer pastor convidado irar pregar. E por fim, sobre crentes de outras denominações, acontece com frequência deles congregarem onde se sentem melhor, mais aceitos, recebidos e acima de tudo, onde o alimento espiritual tem mais “sabor”; nesse caso, é uma decisão pessoal a pessoa ficar onde quiser e decidi aceitar ou não um apelo para conversão.

7 BLM - E agora? Como ficará o destino do Pastor Dimas diante desta transferência repentina?

DIMAS - Estarei indo pastorear a igreja em Matinha. Uma cidade um pouco menor a SLP demograficamente e geograficamente, mas por informações, uma igreja de muito potencial e dinamismo evangélico.

8 BLM - Quais as personalidades luzienses o pastor destacaria como sendo pessoas que muito lhe auxiliaram em sua gestão ministerial à frente da Igreja Assembleia de Deus em Santa Luzia do Paruá neste seis anos?

DIMAS - Na verdade, fiz amigos e muitos amigos, de pessoas simples à pessoas de destaques. Pecaria se dissesse que citaria todos, no entanto, apresentarei alguns: o ex prefeito Nilton, pois cheguei no meio de seu mandato, Dr. Harolfran, do qual tenho um extremo respeito como líder político, médico e cidadão ilustre. À Dra. Eunice, quando prefeita deste município. O amigo Plácido Holanda, que antes de ser prefeito, como secretário, nos ajudou e o considero deste o início como um amigo. Também os nobres empresários: Zequinha da Pinherense, Francisco Melo (Cimentão), Jonas (da Águia Motos), Sanquez Moraes, irmão Narciso Neves, que desde o início até o final de meu ministério aqui foi um grande amigo e grande cooperador nesta igreja, como também os vereadores, como Dequinha, Marquinhos, Jo, Valmir, Novinha e muitos outros que Deus dará aos mesmo o galardão que lhes é devido.

9 BLM - Diante de todos os reveses que podem ter havido para o grado de suas pequenas e grandes conquistas, o pastor acredita ter cumprido o seu dever à frente do ministério pastoral em Santa Luzia do Paruá?

DIMAS - De certa forma sim, porém, acredito que sempre existe em todo o líder um certo senso de perfeccionismo, ou seja, dever cumprido, mas que deveria ser melhorado, projeto não conclusivos, mas que estão em processo de desenvolvimento, etc. No entanto, dentro de mim, daquilo que vi aqui quando cheguei, para o que vejo hoje, me sinto muitíssimo realizado.

10 BLM - Quais seriam, de forma concreta, os exemplos de um legado que o senhor e sua equipe deixarão "intocáveis" nas gestões de outros pastores que irão liderar na Igreja de Santa Luzia do Paruá na continuidade de sua história?

DIMAS - Dentre os muitos legados destacaria dois: a exigência por um ensino da palavra de Deus profundo e dinâmico. E a determinação e ousadia para fazer acontecer projetos próprios sem depender de projetos de outras cidades.

11 BLM - Pastor, o blog agradece a entrevista e pede que o senhor deixe as suas considerações finais.

DIMAS - Minha transferência obedece uma direção divina e umas das marcas que autenticam tal determinação é a grande comoção entre membro da igreja e amigos não evangélicos que lamentam essa situação. No entanto se faz necessário sair desta forma, amado, querido, respeitado. Isso significa que eu saio deixando a porta aberta, tendo sempre a alegria de meu retorno por todos, caso seja necessário voltar. Sou grato a Deus por todos os irmãos e amigos desta cidade que me acolheram e confiaram em minha amizade por esses quase 6 anos.
Em fotos com amigos e alguns empresários que congregam na igreja.