Ao
lado de cerca de 100 mil mulheres que compareceram na Marcha das Margaridas 2019,
a Vereadora Eliane Fernandes, da
cidade de Presidente Médici, foi uma das presenças confirmadas nesta última
terça e quarta-feira (14), junto a outras 22 medicenses. Só do Maranhão, as caravanas
somaram 75 ônibus com destino ao evento, ocorrido em Brasília.
O
intuito de levar as suas lutas, as suas resistências num momento de crise que atinge
as mulheres trabalhadoras, o evento serviu para lembrar dos 36 anos do assassinato de Margarida Maria Alves, símbolo da
maior ação de mulheres da América Latina.
Vereadora ligadas as lutas das mulheres
do campo, Eliane vem demonstrando todo o seu apoio e presença constante nos movimentos
rurais convocados pela Fetaema, a Confederação dos Trabalhadores na Agricultura,
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Universidade Federal do Maranhão (UFMA),
Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), centrais sindicais e demais
entidades. Estima-se que 4 mil maranhenses tenham ido ao evento.
A Vereadora Eliane e as demais
medicenses, participaram de toda a agenda de compromissos com a marcha, desde a
solenidade na Câmara dos Deputados, em homenagem às Margaridas, rodas de
conversa, lançamento de Cartilha, noite cultural, e, claro, da marcha dirigida até
à Esplanada dos Ministérios, onde esta edição da marcha foi encerrada.
Quem são as margaridas?
São as mulheres trabalhadoras do
campo, da floresta e das águas que, em marcha, tecem suas experiências comuns
de vida e luta. A Marcha tem como força inspiradora a luta de Margarida Maria
Alves, uma mulher trabalhadora rural nordestina, que rompendo com padrões
tradicionais de gênero ocupou, por 12 anos, a Presidência do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba.
Líder sindical bastante
influente, construiu uma trajetória sindical de luta pelo direito à terra, pela
reforma agrária, por melhores condições de trabalho e contra as injustiças
sociais e o analfabetismo. No dia 12 de agosto de 1983, esta grande lutadora do
povo foi brutalmente assassinada, na porta de sua casa. Seu nome se tornou um
símbolo nacional de força e coragem cultivado pelas mulheres e homens do campo,
da floresta e das águas. É em nome dessa luta que a cada quatro anos, no mês de
agosto, milhares de Margaridas de todos os cantos do País marcham em Brasília,
num clamor por justiça, igualdade e paz no campo e na cidade.