Morre no Rio o poeta Ferreira Gullar |
O
corpo de acadêmico, poeta e teatrólogo Ferreira Gullar está sendo
velado desde as 17h no saguão da Biblioteca Nacional, na Avenida Rio
Branco, no Centro do Rio. Gullar morreu hoje (4) aos 86 anos,
às 10h, na UTI do Hospital Copa D'Or, no bairro de Copacabana, Rio de
Janeiro. Ele estava internado havia 20 dias, vítima de pneumonia.
O velório continuará amanhã (5), a partir das 9h, na Academia
Brasileira de Letras (ABL), de onde o corpo sairá por volta das 15
horas, para o mausoléu da ABL, no Cemitério São João Batista, no bairro
de Botafogo.
Ferreira Gullar deixa dois filhos, Luciana e Paulo,
oito netos, e a companheira Cláudia, com quem vivia atualmente. Seu
último livro foi Autobiografia Poética e Outros Textos, lançado este ano pela Editora Autêntica.
O
presidente da ABL, Domício Proença Filho, determinou que fosse cumprido
luto de três dias e que a bandeira da Academia seja hasteada a meio
mastro. A ABL marcou a Sessão de Saudade para a próxima quinta-feira
(8), quando serão prestadas homenagens a Ferreira Gullar.
Segundo
informações da própria ABL, assim que for encerrada a Sessão da
Saudade, estarão abertas, pelo período de um mês, as candidaturas
daqueles que desejarem lhe suceder na cadeira de número 37, para a qual
havia sido eleito em 9 de outubro de 2014, na sucessão de Ivan
Junqueira.
Nascido José de Ribamar Ferreira, em São Luís do
Maranhão, em 10 de setembro de 1930, Gullar dividiu os anos da infância
entre a escola e a vida de rua, jogando bola e pescando no Rio Bacanga.
Ele considerava ter vivido numa espécie de paraíso tropical durante a
infância. Quando chegou à adolescência, ficou chocado em ter de
tornar-se adulto e virar poeta.
Outro campo de atuação de
Ferreira Gullar é o teatro. Após o golpe militar, ele e um grupo de
jovens dramaturgos e atores fundou o Teatro Opinião, que teve importante
papel na resistência democrática à ditadura militar. Nesse período,
escreveu, com Oduvaldo Vianna Filho, as peças Se Correr o Bicho Pega, se Ficar o Bicho Come e A Saída? Onde Fica a Saída?
Edição: Wellton Máximo
Via Agência Brasil
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